Estive durante esta tarde, acompanhada pelo "colega" cá de casa, a assistir ao evento Portugal Agora. Quando o Fernando Alvim lançou a pergunta “ alguém tem mais ideias que queira partilhar”,
não me ocorreu absolutamente nada. Nada. E no caminho, a debater as ideias ouvidas
(os emails enviados ao vivo para os políticos; a questão do mérito, etc…)
ocorreu-me finalmente uma ideia, mas devo contextualizar. Em 2009 fui em
trabalho à Finlândia, país que veneremos porque é civilizado e do Norte. Nos
sete dias que lá estive passou-me pela cabeça sobretudo o suicídio ou tornar-me
alcoólica permanente. Até quando estavam bêbedos os finlandeses atravessavam
nas passadeiras, não existia ruido, tudo funcionava, mas o tempo e a falta de
criatividade mataram-me. Ora, o dia mais feliz foi o dia de ir embora, até que
chego ao aeroporto e descubro que me enganei e enganei a minha irmã, e o nosso
voo tinha sido na noite anterior. E o que é que fiz? Desatei a chorar ao balcão
da companhia aérea, implorei para sair da Finlândia. Bem, deve ter sido tanta
emoção para a senhora que nos deixou embarcar do género “ sai daqui, essas
emoções não se enquadram nas regras”. Um português, bem-disposto e que gostou
de assistir a tudo aquilo e que ia à Finlândia frequentemente, foi ter connosco
e disse:” Portugal é fabuloso. Tem gente bonita, tem bons solos, tem tudo. O
que é triste é que nos podemos ter tudo o que os Finlandeses têm ( educação,
emprego, etc) mas eles nunca poderão ter o que nós temos”. Caí em mim hoje! Caramba, a pergunta é mesmo
essa: porque é que nós não temos o que os finlandeses têm?
Bem, as respostas podem ser longas mas o que o que aqueles
tipos têm é: regras e simplicidade. Aqui é para as bicicletas, aqui para os
carros, aqui para as pessoas. The end.
Ora Portugal precisa de apenas ser simples e regrado, mas não demais, só em
alguns coisas básicas e uteis. Por exemplo, para a simplicidade, todos os contractos devem
ser tão simples de entender, que até uma criança de 8 anos perceba. Tudo o que
o puto não perceber deve ser proibido porque nós também não entenderemos. Esta é a minha ideia, a seguinte não é minha é do "colega" cá de casa.
Para as regras, se uma empresa der lucro, o gestor deve ter
direito a essa parte do lucro. Se não der lucro, não pode receber mais que o
salário base, que deve ser assim pequenino, ou até o mínimo.
Dois exemplos simples e regrados. E se juntarmos a isto a
nossa criatividade, o nosso dinamismo, o nosso sol, e a nossa cerveja e vinho,
então nós teremos tudo. Mas mesmo tudo!
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