quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vogue

Ou em bom português, Moda.  A moda é, provavelmente, a coisa mais importante do mundo. Calma, não me atirem já com as lengalengas da fome e da guerra na Síria. Embora para a guerra na Síria eu não encontre ,por agora, uma solução; a indústria da moda pode acabar com a fome no Mundo. E sim, não estou minimamente a brincar.Bono Vox criou a Red, uma empresa/ associação de caridade ( cujos lucros revertem para África) que vende o quê? Bingo. Roupa. E já agora bem gira. A Barefoot College, associação de caridade que se dedica à construção de painéis solares financia-se através da venda de artesanato dos países em desenvolvimento. E por artesanato entendemos o quê? Bravo! Roupa e acessórios.
Portanto a moda está a salvar o mundo.Mas infelizmente, os intelectuais do mau gosto, aqueles que dizem que não ligam a moda e só gastam o seu dinheiro em intelectualidades e querem salvar o mundo com o seu sermão chato e irritante,  existem aos milhares. Poupem-nos a cores sem sentido, a calças e camisolas sem corte, aos vestidos do século passado e mal acessorizados. O 8º pecado católico devia ser: não te vestirás mal!É que nem o inferno te aceita !
Lembram-se daquele fabuloso filme chamado O Diabo veste Prada? Nesse filme, uma ignorante e super intelectual  estagiária, começava a rir quando a personagem de Meryl Streep se questionava sobre os diferentes tons de verde.Ora, essa cena acaba com a fabulosa Meryl Streep a explicar que a cor começa a ser escolhida pelos estilistas de alta costura e termina com a cópia, à escala de milhões para as lojas do planeta , da mais cara à mais barata. Perceberam? Ninguém tem escolha na moda, a moda escolhe o  que usamos.. E também não há nada de personalidade e outras tretas. Compramos o que há e depois usamos. Agora bem ou mal é que é a questão.  Infelizmente, mau gosto e péssimo sentido de conjugação é prática dominante.
Portanto, na próxima vez que tiver de ouvir ah pois, eu não ligo à moda, só comprei estas calças na Tailândia( amarelo mostarda)  e este lenço na feira da ladra (rosa com riscas),e sinto-me bem assim terei de responder: tens toda a razão, nota-se claramente o teu mau gosto. É  uma pena teres de o partilhar!.
E contra factos não há argumentos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Acabar as férias.. e não voltar ao trabalho.

Consideramos férias aquela época do ano em que terminamos o nosso trabalho, os afortunados recebem o subsídio de férias, e passados alguns dias ou semanas regressamos ao trabalho. Isto são férias. Uma pausa no tempo. Um miminho para os que trabalham. 
Mas férias neste ano de 2012 pode significar, para milhares de portugueses, outra coisa: o início de relações contratuais com a segurança social. Ou seja despedimento. Colectivo, individual, há para todos os gostos e feitios. Isto para quem tiver sido empregado ou trabalhador por conta de outrem. Porque se foi empresário, patrão ou empreendedor como hoje se diz, ou roubou a tempo ou se foi estúpido( ou seja honesto) e como tal ficará sem nada: sem direito a qualquer subsídio, a qualquer ajuda, a qualquer dos seus descontos.
Para a minha geração, férias significam períodos de desemprego. Com contratos temporários, as férias são gozadas quando um termina e a esperança de um novo contrato se avizinha. E, como sortudos que somos, podemos ter férias de um e dois anos. E contratos maravilhosos em call centers e muito bem pagos: 500 euros, upa upa!.Haja alegria!
Mas, para os licenciados em ciências sociais e humanas há agora uma nova esperança: subsídio de Reinserção Social! Sim, isso mesmo. Queres uma oportunidade na área? Pedes o subsídio e podes ser colocado num museu, biblioteca ou seja a prestar um serviço à sociedade.Porque toda a gente sabe que isto de museus e bibliotecas é para tolos e com a quarta classe arquiva-se muito bem e se tiverem o sexto já fazem visitas guiadas. Portanto animem-se, oportunidades de trabalho surgirão! 
Mas a culpa é nossa. Porque licenciados que somos continuamos a fazer trabalho voluntário na nossa área! Perguntem a um engenheiro civil se está a ganhar currículo numa obra! Ora se está!
A verdade é que continuamos calados e submissos. Independentemente da área, da idade, da profissão, continuamos a pensar que a nós não nos calhará tal fado.  E continuamos a estagiar gratuitamente. E continuamos a não exigir bons serviços públicos. E continuamos a ver fechar empresas todos os dias e nada fazemos.
Até quando? 


O trabalho tem mais isto de excelente: distrai a nossa vaidade, engana a nossa falta de poder e faz-nos sentir a esperança de um bom evento.

Anatole France, in O Anel de Ametista

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A família!

Estava eu muito contente a ler a Nova Gente, essa revista do verdadeiro boato, quando a minha querida mãe me apresentou a Caras. Ora bem, as diferenças são inacreditáveis, com a Nova Gente a bater aos pontos a Caras nas questões das maledicências, tal como eu gosto.Uma revista ou coscuvilha ou então não me façam perder tempo.
No entanto a Caras despertou-me a atenção por causa da palavra "família" Aparecia a importância da família, o valor da família em todo lado. Parecem aquelas borbulhas irritantes da adolescência que não teimam em sair. A família enorme com pai, mãe, filhos, avós, tios e netos de sorriso muito feliz e bastante idiota, descrita dita deste modo convencional, é absolutamente irritante. Porque todos sabemos que é nas famílias que o maior mal se esconde. A maioria dos abusos sexuais é efectuada em família, a maioria das zangas e discussões é efectuada em família, os mais macabros assassinatos são perpetrados entre família.Não me levem a mal,acredito que a vossa família é maravilhosa, unida e melhor que as outras, vamos pôr assim para não ofender ninguém. Mas existem outras famílias, que não a minha e as vossas obviamente,que são casos de polícia e filmes de horror. E,provavelmente,essas pessoas sentem-se mal em família  e a família não as protege nem as faz sentir seguras.
Mas, numa sociedade com valores (adoro esta palavra, lembra-me dinheiro mas afinal é outra coisa mais sentimental) familiares tão fortes, assumir a horribilidade da nossa família ou dos nossos familiares é quase mais condenável do que os crimes cometidos entre família. Não dizer que o meu pai é o meu herói e a minha mãe uma mulher de armas e o modelo perfeito,o meu marido o máximo e as minhas tias super, é expor a vulnerabilidade da vida e as nossas mais profundas dores e segredos. E, são poucos os que aceitam que, se calhar, os nossos inúmeros clichés dificultam a vida dos outros, tornado também a nossa um covil de mentiras.E é nesse encadeamento de clichés parvos e idiotas, de uma moral que se torna absolutamente imoral porque proíbe a vida no seu pleno, que julgamos os outros mesmo quando estes se tornam vítimas.Repararam que Portugal foi o único país católico onde, quando Papa o visitou, não surgiram vítimas de abuso sexual? É claro, óbvio, absolutamente certo ,que os nossos padres e sacristães são uns santos e às vezes os nossos meninos portam-se mal e precisam de levar tau-tau.
E por tudo isto faço um apelo: que os que têm uma família decente parem de  difundir esta gabarolice gratuita pelo mundo. As pessoas amam-se e glorificam-se em privado ou em situações absolutamente especiais.
Mais do que isso, é uma espécie de maldade. Ou pior, um fingimento exacerbado de quando algo vai realmente podre no reino das famílias.E para tal não há palavras. 

"A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos."
Martinho Lutero


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O ritmo vertiginoso da Vida.

Hoje, acordei a pensar que, caso tivesse nascido no início do século XX, imaginemos em 1900, como é que seria a minha vida. Não estou a falar aqui em coisas concretas, ou seja se já teria filhos, como seria a minha casa ou de outras coisas assim. Estamos a falar das miudezas da vida, ou seja aquelas coisas que damos por adquirido sem pensar muito nelas. Se eu vivesse em 1930, provavelmente não teria televisão e não teria, de todo, computador.  Ou seja, os meus hábitos matinais desapareceriam. Com sorte, saberia ler e entretinha-me com um jornal. 
Ora, é na palavra entreter que está  o verdadeiro busílis da questão. Entreter é nossa vida. Vivemos rodeados de entretenimento: televisão com 115 canais, computador, iphone, ipad, Playsation, X- Box... Nós vivemos em busca de entretenimento. E justificamos a nossa busca com palavras tão sérias como trabalho "preciso disto para trabalhar" quando a verdadeira razão é: preciso disto para viver.  Nós precisamos das coisas para viver e já não sabemos viver sem nos entreter. Reparem, não estou aqui a fazer qualquer crítica: estou a escrever-vos  num computador e esta manhã já fui ao facebook,  vi o email e todas estas coisas necessárias para trabalhar apesar de hoje estar de férias.
E percebi que não me consigo desligar. Procuro sempre a notícia para estar informada. Hoje é o Pingo Doce. Ontem foram assassinatos. Anteontem a Moody's atreveu-se a baixar as classificações de alguns países europeus. E outra vez, o Pingo Doce e as suas promoções.
O ritmo acelera e apanha-nos no meio. E o que fizemos com todas estas informações? Nada. E teríamos tempo para isso? Não. É impossível  correr para apanhar um comboio de tão alta velocidade. Ficamos perdidos, massacrados e ultrapassados por toda esta velocidade vertiginosa que se abate sobre nós.
E é por isso que hoje decidi tirar um dia Bom. Vou à biblioteca  buscar livros, grandes e complexos, de preferência com alguma história de amor! E não vou ligar a televisão. Vou esperar que o meu cérebro desacelere, vou fingir que não existe net e que o facebook  também não.Vou pensar sem querer obter uma resposta imediata. Será ainda possível? Será possível desacelerar e saborear este magnífico sol e mar que o mês de Agosto me dá? Vou descobrir. Hoje, a partir de agora. 
E por isso, vou presentear-me com um dia bom! 

O jogo da vida é rápido, omnívoro, devorando a atenção e não deixando um momento de pausa permitindo o pensamento e a concepção de propósitos mais elaborados.

Zygmunt Bauman,A Vida Fragmentada.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As perguntas!


Desculpem leitores masculinos, mas esta crónica é exclusivamente para mulheres. No entanto, podem ler e perceber como é,realmente,o nosso mundo.
Existem perguntas que nos perseguem toda a vida. São mais insistentes em algumas épocas, mas fazem perto do nosso crescimento. Já começam a reconhecê-las?
Até aos 10 anos, as perguntas são: então já sabes ler? Passaste de ano? Vais de férias com os teus pais? E para onde? Geralmente estas últimas duas perguntas são sempre feitas por membros da família com segundas, terceiras e quartas intenções, que só muito mais tarde reconheceremos.
Mas é a partir dos dez anos que a vida das raparigas se complica. E qual é a pergunta que nos persegue? É essa mesmo,20 pontos: já tens o período? Ou na variante mais popular: já és uma mulherzinha (sim, o estatuto começa aqui)? Ou ainda, na sua vertente mais popular (mas mesmo popular, ou seja do povo): então, já joga o Benfica? Esta última deixa-nos confusas, baralhadas e muito angustiadas. Por mais que sejamos acérrimas defensoras do clube, nunca mais o vemos da mesma maneira. Porque a imagem é muito visual e pouco polida, digamos assim.
A partir dos 15/16 a pergunta altera-se. É feita a nós, aos pais,aos amigos: então, já tens namorado? A sua filha já namora? Não? Ah, a minha sim, com o filho do não sei quantos e tal... Nesta altura pensamos em emigrar, mas não temos ainda idade legal para isso. E quando passamos a ter aí a pergunta muda: então, já casou? Vai casar? Quando vai casar? Ai, não vai casar?
Casar torna-se uma obsessão social tão grande, que tenho a certeza que muitas amigas minhas se casaram só para não terem de ouvir nem responder a esta pergunta mais vez nenhuma.E é por isso que se usam alianças: é a imagem visual do “já casei, por favor não me façam mais esta pergunta.”!
E a partir da 30,a pergunta é só uma:e filhos? Esta pergunta é universal. Não interessa se se é casada, solteira, divorciada ou até um pouco anti-social. A pergunta, por ser universal e absolutamente intrometida, persegue-nos sem tréguas. Já tem filhos? Já tem filhos? Já tem filhos, até à exaustão!!!!!!
E no meio de tantas perguntas, nunca ninguém nos faz a mais desejada. Aquela que merecemos responder para poder continuar a viver em pleno: qual é o teu sonho? Porque desejos e  ambições não são socialmente aceites e por isso não se perguntam. Os sonhos devem ser retraídos, fechados, em nome de um bem maior: a ordem pública. Aquilo  com que conseguimos conviver.O banal. O normal. Ler, namorar, casar, ter filhos.
 E por isso, porque os sonhos, quando os temos, são ilimitados, e por isso ninguém, mas mesmo ninguém nos faz esta pergunta.
Mas eu não quero cair no mesmo erro e por isso pergunto-te, tenhas 10, 20 ou 30 anos:

Qual é o teu sonho?


Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão,  Movimento Perpétuo, 1956


sábado, 18 de agosto de 2012

As desgraças dos outros são maravilhosas!


As desgraças dos outros são maravilhosas! Leram bem, é isto mesmo que está escrito: A desgraça dos outros é maravilhosa!
Ontem, deitada na praia a ler um qualquer livro fácil e quase intragável, ideais para estes dias de verão, dediquei-me a ouvir as conversas alheias. E não há nada melhor que uma boa conversa roubada para nos pôr a pensar na vida e nas coisas.
Ora bem, todos os meus "vizinhos" debitavam ódio puro e pouco refinado sobre outras pessoas. Era a outra porque estava " armada em fina" mas não tem onde cair morta, era o outro que costumava ser um rico vaidoso e agora, bem feito, estava pobre como tudo...  E a filha daquela convencida, que tinha a mania que a miúda era maior e agora chumbou no 12º ano? Ah pois é, e agora? Se calhar nem vai para a faculdade como a minha Cátia Cristina que entrou em Direito (reparem, Direito) na Lusófona!
E eu comecei a pensar que, quando vemos os outros bem, sobretudo financeiramente e amorosamente, começa a crescer em nós um pequeno ódio que vamos alimentando. E quando a vida daqueles que outrora apoiamos e até fomos " amigos" começa a cair em desgraça, há algo de monstruoso que sai cá para fora: uma enorme satisfação pela infelicidade alheia, uma enorme sensação de justiça. Fez-se justiça porque nós, pobres mas honrados, sentimos um enorme alívio quando a felicidade dos outros acaba. Fez-se justiça porque eles tiveram algo que nós não vamos ter.E fez-se justiça porque nós, os pobres condenados, vamos poder viver em igualdade na desgraça e não na felicidade.
E este espírito mesquinho está em todos nós. Seja evidente na praia, no café, na escola, no futebol, na família. Ele está cá e corroí-nos e anima-nos e alimenta-nos. 
E talvez, seja por tudo isto, que não vamos sair tão rápido desta crise. Porque nos puxamos sempre para o lado negro e nunca para o lado bom da vida. Igualdade, fraternidade e liberdade são palavras muito bonitas para a Revolução Francesa. Porque isso cá da felicidade alheia dá comichão, faz mal e é remédio fraco. A infelicidade alheia soa-nos muito melhor e é muito mais agradável!


 "Toda a gente é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada."
Óscar Wilde

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Silly Season



Agosto costumava ser, por excelência, a estação da parvoíce. Aquela época em que o mundo parava um bocadinho e apercebia-se que namorar, curtir e fofocar um bocadinho não fazia mal a ninguém. Das notícias extraordinárias, aquelas que nos faziam parar e comentar a vida dos outros no café, só resta o divórcio entre a nossa Luciana Abreu e o Porche Panamera. 
As filas de entrada para a Casa do Castelo desapareceram, a própria Casa também. As festas brancas só se realizam em algumas discotecas do interior do país, e o Algarve está apagado e pouco fashion. Há quem prefira estes novos tempos. Eu não.Preciso da parvoíce natural de uma época do ano para me motivar a pensar a sério o resto do ano. Preciso de escândalos, divórcios, casamentos abençoados e rapidamente terminados. Preciso de tudo isso para ser mais feliz.
Porque esta onda de notícias sérias e assassinatos em massa está a deprimir-me profundamente. E para depressão já temos os outros onze meses do ano.
Volta Elsa Raposo, estás perdoada!


"... às vezes as pessoas dizem que a Beleza é apenas superficial, e pode bem ser. Mas pelo menos não é tão superficial como o Pensamento. Para mim, a Beleza é a maravilha das maravilhas. Só as pessoas frívolas é que não julgam pelas aparências. O verdadeiro mistério do mundo é o visível e não o invisível... "

Oscar Wilde, in 'O Retrato de Dorian Gray' 



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Crise de " Todos"


A crise afinal já é de todos! Que coisa tão democrática. Lembro-me perfeitamente quando o Exmº Srº Drº Ricardo Salgado, esse magnífico CEO do Banco Espírito Santo, disse, por estas palavras, que "a culpa da crise era dos Portugueses que tinham gasto demais"! Ai, esses burros e estúpidos portugueses, esses idiotas que se foram endividar ao BES para comprar casa e carro. Que camelos!
Mas agora, afinal,  parece que o BES fez uns maus investimentos em Espanha, e que, coitadinhos, precisam da ajuda do Estado. E maus investimentos em quê? Imobiliário! Casas!  Oh Credo, Nosso Senhor Jesus Cristo! Então, o BES cometeu o mesmo erro dos camelos dos Portugueses, mas numa escala muito maior? Não pode ser! Impossível! Então esse sábio maior, esse CEO tão premiado e absolutamente irrepreensível foi investir em Casas? Não posso acreditar! Não posso.!!
A parte triste desta história é que vão ser os Burros e os  Camelos dos Portugueses a ajudar o banco BES, através de um fundo pago por nós, a saldar as dívidas contraídas!
E nisto, somos mesmo Burros e Camelos. Caladinhos, somos o povinho que não reclama e é um bom aluno! E o BES ainda nos vai chamar estúpidos. E desta vez com razão!
Porque não lemos, não pensamos, não agimos. Obedecemos.


"O dever da literatura é ajudar a educar a sua juventude, responder às suas necessidades, ensinar a nova geração a ser valorosa, a crer na sua causa, a mostrar-se intrépida perante os obstáculos e preparada para superar todas as barreiras…»
Platão, Pravda, 146