segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Cabeleireiro, depilação, ginecologista. A trilogia do horror!

Numa conversa recente com um amigo, este queixava-se de que ser homem é muito complicado, porque não se pode falhar no momento “H” (seja lá isso o que for) e a sociedade é muito injusta com os homens. Se não me desse tanta vontade de lhe bater, isto até poderia ter uma certa graça, mas não tem. Porque os meninos têm uma falha na hora H, nós temos toda uma trilogia de terror, por esta ordem: cabeleireiro, depilação, ginecologista!
Comecemos pelo cabelo: as "madeixas" são mesmo queimadas pelo sol e os brancos que aparecem são mesmo brancos e não uma tonalidade especial, nº 36  qualquer coisa. Os cortes que " não vai dar mesmo trabalho nenhum" dão ainda mais trabalho, o" só colocar gel" não funciona e acabamos sempre com uma gadelha com vontade própria e sem qualquer tipo de domínio. Quando saio à noite só espero que a minha personalidade ofusque o meu cabelo, o que nunca acontece. E quando esperamos mesmo que hoje aquele- apanhado-para-o-casamento-não cai-mesmo-porque-faz-parte da-toilette ele... cai!
Mas nada disto é comparável com aquele momento em que que estamos deitadas na maca da nossa esteticista e um bocado de cera a ferver é colocada sobre a nossa pele e,  de repente, um bocado de pano branco cai sobre a cera e a nossa querida esteticista , amada até ao momento, puxa aquele pedaço de papel e... Ai, Ai, dor, dor. Nada nos prepara para aquela tortura, mesmo que seja a centésima vez que passamos por ela. E sim, a depilação definitiva é quase definitiva, até ao momento em que vestimos um bikini e se nota que afinal o definitivo não é assim tão definitivo e vamos lá marcar uma torturita para tirar estes pelos que por aqui decidiram aparecer. E o resultado é: ai, ai, dor, dor.
E se nesta altura ainda nada vos chocou, a descrição da nossa consulta no ginecologista fica ao nível de um filme Hitchcock , mas com mais suspense, muito mais suspense. Ora bem, além de termos de ir com a depilação feita (senão é uma falta de respeito!), toda a conversa sobre a nossa vida  íntima ( só falta local e nome do perpetuador, porque de resto está lá tudo: quantas vezes, como, etc.) deixa-nos à beira de um ataque de nervos, e, para terminar o "exame" é tortura, humilhação pura. Não vou aqui descrever, mas envolve um objecto com nome de bico de pato!
Por isso, quando se diz que a vida das mulheres é uma maravilha, lembrem-se sempre da nossa trilogia de horror. E agradeçam por serem homens. É verdade que são menos inteligentes, mas também não se pode ter tudo!


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