terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ser coerente

Joguei este jogo demasiadas vezes: perguntei a alguém se tinha namorado e se ia casar, sobre filhos e até fingi ter paciência para eventos sociais para os quais nunca tive. E também respondi às mesmas perguntas, e também dei as respostas socialmente correctas. Isto chama-se educação e por isso não me arrependo. Mas existem limites para as perguntas e para a decência. Detesto que me perguntem se este ou aquele amigo é gay. Ainda detesto mais que me contem histórias sobre essas pessoas baseadas em boatinhos, boateiros e parvoíces. Por isso vou ser clara: tanto me dá com quem os meus amigos dormem. Mas mesmo, não é aquele discurso bacoco do “ eu respeito, eu aceito e tal”. Não me interessa, não lhes pergunto e sobretudo não vos dou essas respostas. Interessa-me se os meus amigos são felizes. Como está o emprego. As pequenas histórias que nos fazem rir.Mas terem comigo conversas emocionais sobre a sexualidade dos outros é algo que eu não admito. Por isso não me perguntem nada porque nestes assuntos vou deixar de ser educada: metam-se na vossa vida e na vossa cama. E deixem-me em paz!

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